Aquele que procura faíscas...

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Little did he know


Não que fossem feministas, mas acreditavam que a mulher ainda ocupava um espaço muito minúsculo na sociedade moderna. Algum avanço foi feito desde as filosofadas de Simone de Beauvoir, mas nada que as tirassem da condição de gênero inferior. “Woman is the nigger of the world.”, já entoavam Lennon & Yoko.


Diversos relatos de amigas e conhecidas as insuflavam a ter sentimentos não muito nobres. O mundo era injusto, sim, mas muito mais para com elas. Costumavam aconselhar que não se importassem: a pior decepção amorosa seria.... A próxima! Falavam isso às gargalhadas, mas sabiam bem que era verdade.


E por mais que eles tentem entender, nunca conseguirão alcançar o que sente uma mulher traída, rejeitada ou mal amada. Podem buscar ajuda em terapias, teorias e filosofias... Não entenderão.


Nada é capaz de traduzir o sentimento único e entremeado que a mulher, muitas vezes ingênua, outras sonhadora, passa a carregar dentro do peito pisado e machucado por homens inábeis. Depois de uma, duas ou dez, ela entende o mundo que a maltrata e decide ser feliz. Parece até concordar com eles. Mas eles mal sabem que por si só já estão errados.


Não precisam nem abrir a boca.

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