Aquele que procura faíscas...

segunda-feira, 5 de março de 2012

This someone? It's not you.

Achei alguém melhor que você. E por que estou dando essa satisfação a mim mesma? Por que ainda não te esqueci? Por que quero em voz alta ouvir? Ou por que achei que não ia conseguir? A última é a resposta válida. Eu tinha certeza de que não conseguiria. E no entanto a vida é cheia de surpresas. Mas me engano. 

Apesar de ter conseguido, você está aqui, entranhado em mim. Estou impregnada de você. 

Cheia de ti até o pescoço, sem falar na alma.
Quando penso em vidas passadas e karmas e morte, penso em ti. Penso no todo que erramos e em tudo que deixamos. Penso nos erros, penso nos acertos, penso em todas as feridas. E penso na minha sorte. Sorte de poder seguir em frente e engolir todo o resto que está por vir. Penso muito e no entanto deveria pensar muito pouco. Sempre que penso realizo menos. 

Funciono melhor no instinto. 

Principalmente enquanto sorvo um vinho tinto.

Devaneios

Saio entusiasmada pra escrever e me distraio com mensagens virtuais
Serão elas reais?
Será que existo?

Tinha na cabeça a mensagem perfeita
Agora perdi
Puta merda

E a cerveja no fim

Medo de quê?
Medo da vida
Medo de morrer?

Preciso carregar meu caderninho com esse medo de morrer

Mal Comparando

Soberba disfarçada é pior que mentira, se é que dá para comparar. À mentira você pode recorrer por ter sido pego de surpresa, por descuido ou motivos nobres (embora a maioria diga que nunca justifica). A soberba não dá para defender de jeito algum, carrega consigo uma inveja silenciosa que cedo ou tarde acaba vazando.

Luiz tinha uns 40 anos e andava com uma galera mais jovem. Até Roberto deslanchar e aparecer com um carro novinho, Luiz vivia pelando o saco do amigo. Os dois não eram muito chegados no dia a dia, mas eram parceiros. A galera era a mesma, pois estudavam juntos e escolheram trabalhar no mesmo ramo. Enquanto Roberto apagado permanecia, lá estava Luiz elogiando o camarada, recomendando, puxando o saco.

Muito talentoso, embora medianamente bem sucedido, Luiz era aclamado por todos, uma espécie de guru; e não economizava na autopromoção falsamente diluída. “Economizar por quê?”, pensava. “Já não sou tão bem recompensado com atributos físicos.... Se for um nerd popular melhor para a minha vida.”

E assim enganava a todos com sua falsa modéstia e seguia tentando disfarçar a soberba elogiando os amigos malsucedidos.